Já faz muito tempo que todos sabem o quanto a eficiência elétrica é um fator chave para reduzir emissões de gases de efeito estufa e gerar uma maior economia para os bolsos dos cidadãos.
E foi exatamente por buscar soluções que trouxessem um melhor desempenho para esses dois elementos que muitas empresas passaram décadas aprimorando os padrões dos eletrodomésticos, ferramentas de construções e até mesmo encontrando medidas alternativas para abastecer cidades inteiras, como os famosos prédios inteligentes.
Mas a grande questão disto tudo é: não importa qual setor a indústria esteja inserida ou em que local do mundo o consumidor está, em algum momento ambos irão alocar seus esforços para reduzir a quantidade de eletricidade, seja por conta dos impactos ambientais ou econômicos.
Mas será que a diminuição de energia é a única solução? Diante de tantos avanços feitos ao longo dos anos, alcançar o nível de energia mais limpa poderia vir por meio de outras abordagens?
É sobre isso que irei falar neste artigo.
Energias flexíveis
A solução para reduzir as emissões parece bem óbvia. Ao diminuir o uso de energia, também diminuiremos os impactos. Mas eu gostaria de aproveitar este momento para esclarecer um ponto importante: as emissões de eletricidade não dependem apenas de menos uso de energia, mas de quando a eletricidade está sendo utilizada.
Em alguns lugares do mundo, como por exemplo, a Califórnia, os cidadãos precisam mudar para o uso de energia solar ao meio-dia e reduzir a utilização durante a noite porque a demanda de eletricidade é mais alta.
Práticas como essa vem se tornando bastante popular e muitas vezes nem chegamos a notar. Mas se pararmos para pensar, podemos perceber que muitos dispositivos — incluindo aparelhos celulares — agora possuem cargas de energia flexíveis que podem ser programados para alterar seu consumo em horários onde a energia é mais limpa, o que, consequentemente, gera mais oportunidades para economizar nas contas de luz.
Se as energias flexíveis ganharem mais força, principalmente quando falamos de aparelhos inteligentes e novas bombas de calor, digo sem dúvida alguma que veríamos um novo meio de investimentos e recursos, além de envolver uma maior consciência para as proliferações tão preocupantes das emissões.
Energia e mudanças climáticas
Há alguns anos, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas fez uma declaração preocupante sobre o futuro do nosso planeta. De acordo com ele, as emissões de gases são um dos maiores problemas do mundo, e sabemos que grande parte dessas emissões vem diretamente de fontes para geração de eletricidade. Ainda segundo o Painel Intergovernamental, se o mundo quiser evitar os piores impactos das mudanças climáticas, precisa limitar o aquecimento global, o que naturalmente exige rápidas transformações.
Mas agora as coisas estão diferentes.
Acompanhe meu raciocínio: nosso sistema de energia era dominado pelo carvão, demandando um uso intensivo de carbono, o que, é claro, tornou a redução de eletricidade fundamental para conter as emissões. Agora, toda a rede elétrica ficou mais limpa e diminuir as consequências das mudanças no planeta requer outras abordagens.
Vou te dar um bom exemplo. Refrear as emissões de carbono requer troca de combustível, por resultado, isso aumentará a quantidade de eletricidade enquanto reduz a utilização de combustíveis fósseis.
A distribuição cada vez mais econômica de recursos renováveis, como energia solar, hídrica, oceânica e eólica, transformou completamente todo o sistema. Os especialistas preveem que somente nos Estados Unidos, o uso de energias renováveis podem ultrapassar o carvão ainda em 2021, principalmente se levarmos em conta que a poluição e dióxido de carbono por unidade de eletricidade caiu 30% desde 2005.
Solução na troca de combustíveis
Neste momento você pode estar pensando que trocar gás e aquecedores por bombas de calor elétricas pode aumentar o número de quilowatts-hora consumidos por uma casa, e é verdade. Mas como eu já havia dito algumas linhas acima, com a eletricidade desfrutando de uma rede muito mais limpa, reduzir a utilização de gás e óleos, por exemplo, diminuirá as emissões.
Se continuarmos seguindo nesta mesma linha, a troca de combustíveis pode alcançar a mesma eficiência que as energias mais tradicionais, com a pequena diferença de que essa troca pode gerar mais redução de emissões e mais economia para os países.
E com a troca de combustíveis, é inevitável não repensar em algumas políticas, afinal de contas, existem muitas cidades e países que não veem essa troca com bons olhos, o que acaba dificultando o alcance da eletricidade limpa.
Mas o fato é: se a energia limpa é mais econômica e garante a redução significativa das emissões no nosso planeta, por que não nos concentrar em buscar estratégias e meios para aproveitar esta nova oportunidade?
Particularmente, acredito que o futuro da eletricidade reserva coisas boas para todos nós. Estou animado para o que encontraremos no amanhã que está cada vez mais próximo.
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